BETE CARRIÇO
Qual segredo que a chinesa BYD guarda? A montadora de carros elétricos e híbridos chegou ao Brasil há dois anos, mas foi com o lançamento do Dolphin EV que como começou a agir como um furacão e está mudando a cara do setor.
De repente, começaram a vender uma quantidade recorde de veículos para o brasileiro – público bastante resistente ao motor movido à energia limpa -, mesmo diante de uma infraestrutura altamente deficitária para o carregamento de carros elétricos.
Recentemente, a BYD alcançou a venda de 1.648 veículos em 48 horas de uma campanha promocional. O mais vendido, em primeiro lugar, foi o irmão menor do Dolphin EV, o Dolphin Mini, com 657 unidades. Em seguida, foi o híbrido Song Plus MD-i, com 417 e, depois, o Dolphin EV com 293 carros. É um fenômeno.
Uma das respostas para esse sucesso pode ser o ótimo custo-benefício da entrega de carros muito bem equipados por um preço razoável, mas menor que o dos concorrentes, caso do Dolphin EV, avaliado pelo Portal Auto Mulher. Mas isso não explica o fenômeno.
A BYD pensa rápido e dá respostas rápidas. Falta energia limpa para o abastecimento? Ela entrega fazendas de painéis solares. Escassez de postos de carregamento? Fecha acordo com a Shell/Raízen. Problemas com falta de peças de reposição? Ela integra à sua fábrica a produção de autopeças. Assim, fica difícil competir.
Na avaliação, o Dolphin EV se mostrou com boa dirigibilidade e força no motor. Apenas pulou um pouco ao trafegar pelas ruas esburacadas de São Paulo. Na estrada, também teve boa dirigibilidade, um pouco leve, mas se comportou com segurança.
Puramente elétrico, o Dolphin, considerado o modelo de maior eficiência energética do segmento, de acordo com o Inmetro, foi montado em uma nova plataforma específica para carros elétricos.
A e-Plataform 3.0 é responsável por integrar o sistema de alta tensão e as baterias com o chassi do carro, aumentando a segurança e melhorando a autonomia. Além disso, garante a distância entre-eixos de 2,7m para maior conforto aos ocupantes.
A bateria é a Blade de 44.9 Kw, de muito boa reputação. Carregada em 100%, a autonomia é de 291 km, aproveitando melhor a capacidade da bateria. Com carregador de alta potência, vai de 20% a 80% em 25 minutos.
A velocidade máxima do Dolphin EV é de 150 km e vai de 0 a 100 km em 10.9 segundos. O Dolphin tem três modos de condução, Sport, ECO e Snowfild, para terrenos derrapantes.
O Dolphin EV, como o próprio nome diz, tem visual que remete ao mar e aos golfinhos, estreando a linha Ocean da BYD.
Internamente, o modelo tem amplo espaço, acomodando cinco ocupantes, com assentos e apoio de cabeça ergonômicos. O revestimento dos bancos e painel tem bonito revestimento e de bom acabamento. No Dolphin avaliado por nós, com pintura rosa suave, o revestimento acompanha o mesmo tom.
TECNOLOGIA E SEGURANÇA
O Dolphin é equipado com sistema de câmeras de 360º. A tela da multimídia tem 12,8 polegadas com rotação para a vertical. Tem acesso para Android Auto e Apple Car Play e o sistema de áudio conta com seis autofalantes.
Pelo aplicativo da BYD é possível abrir e fechar as portas, ligar o ar-condionado e verificar o nível da bateria. Pelo comando de voz, é possível para ligar o Spotify e a função follow me home.
Integram o sistema de segurança os controles de estabilidade e tração, assistente de parada em rampa e de retenção do veículo.
O Dolphin EV (R$ 149.900) tem pintura, cinza, rosa ou amarelo.
Equipamentos
- 3 portas USB (duas tipo A e uma tipo C)
- Antena shark
- Banco traseiro bi-partido (40/60)
- Bancos em couro bicolor
- Câmera de ré com linhas dinâmicas
- Central multimídia de 12,8 polegadas com Apple CarPlay e Android Auto sem fio
- Chave presencial
- Cluster de cinco polegadas com tela de TFT
- Controle de tração e estabilidade
- Direção elétrica
- Faróis de LED
- Lanternas de LED
- Luz de rodagem diurna de LED
- Retrovisores externos elétricos com desembaçador e rebatimento manual
- Rodas de liga leve de 16 polegadas com pneus 195/60
- Seis airbags
- Vidro elétrico nas quatro portas com função one touch para o motorista
